terça-feira, 28 de abril de 2015

João Urban e a memória melancólica

Sr. Francisco Czelusniack, Araucária, 1987.


João Urban nasceu em 1943 em Curitiba (PR). Descendente de imigrantes polacos aqui radicados desde inícios do séc. XX, é um dos mais importantes fotógrafos da tradição dos grandes documentaristas brasileiros.

Começou a expor em finais da década de (19)70, foi por diversas vezes premiado e o seu trabalho tem sido objecto de estudo em teses e dissertações acadêmicas, especialmente a partir das abordagens que fez aos 'bóias-frias' e aos imigrantes poloneses e seus descendentes. Entretanto colaborou na revista «LaGioconda.Art», onde publicou fotografias de cariz mais urbano. Em 2006/2007 foi objecto de uma grande retrospectiva no Museu Oscar Niemeyer, Curitiba: «Demarcação Temporal — João Urban — 40 anos de fotografia».

Pode-se dizer que em grande parte a sua fotografia é caracterizada pela mesma personalidade dos «Sentimentais, melancólicos e trabalhadores infatigáveis, os polacos [que] espalharam pelo sul do Paraná o som triste de suas canções», segundo o texto que Tereza Urban escreveu para o catálogo da galeria Funarte em 1983.


«Bóias-Frias» — Astorga, 1977.

«Bóias-Frias» — Astorga, 1977.

«Bóias-Frias» — Terreiro de café da fazenda Setti. Jacarezinho, 1981.

«Poloneses» — Senhor Leonardo Wierzbichi com sanfona. Santana, Cruz Machado, 1999.

«Poloneses» — D. Alexandra Pula com a sua roca. Santana, Cruz Machado, 1987.

João Urban



Fontes:
Seminário Poéticas Fotográficas no Brasil, disciplina de Fotografia II do curso de Artes Visuais - UFRB, apresentado em Março de 2015.

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